Image Hosted by ImageShack.us
VISITA , COLABORA , DIVULGA

domingo, 25 de novembro de 2007

Operação "BUTELO COM CASCAS"

RELATÓRIO DA OP. “BUTELO COM CASCAS”


Do Relatório de Operações ressalta:


SITUAÇÃO:

NT – Na sequência da actividade operacional desenvolvida, há mais de 41 anos, muito mais gordos, velhos, “usados” e anafados, mas revelando uma FRATERNAL coesão, reuniram-se as NT para atacar o Objectivo, numa linda manhã de Novembro de 2007, na região de SANTARÉM e na zona da FEIRA DO CAMPINO;
não compareceram os reforços planeados – Matos Gago e David, por se encontrarem inoperacionais.

IN – O colesterol, a hipertensão, o ácido úrico e a BT/GNR, não se revelaram ou foram previamente neutralizados.

TERRENO – Um magnífico restaurante da região de BRAGANÇA.

METEOS – Um dia resplendoroso de Outono, ainda Verão, sem nuvens, temperatura amena e sem “penduras”.

MISSÃO:
Atacar genuínas ALHEIRAS e os BOTELOS, especialidade máxima da cozinha transmontana, com o apoio de várias garrafas de uma RESERVA transmontana de reconhecida qualidade.

EXECUÇÃO:
Vindos dos eixos de ataque SEIA e LISBOA, com os mesmos itinerários de retirada, com o PI no final da auto-estrada, comparecer
à HORA H (13h30) no recinto da feira.

CONCLUSÕES:
É de assinalar a altíssima qualidade da ementa escolhida pelo HB: o BOTELO.
É uma raridade gastronómica de Trás-os-Montes e concretamente de BRAGANÇA.
Parafraseando no nosso Maior Vate:
“Vale mais experimentá-lo que julgá-lo, mas julgue-o, aquele que não puder experimenta-lo!”
Notável!

JS

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

ANGOLA

Quem conheceu estas paisagens, não pode deixar de adorar Angola.

Recordações de UM VETERANO


Caro Veterano.
Estas coisas me emocionam!...
Quando paramos para olhar para trás, constatamos com alguma nostalgia a erosão que a história nos vai deixando.
As fotos, que, conseguimos herdar, também o que nos resta, para além das memórias, óbviamente o indispensável companheirismo dos que foram connosco e que, ainda hoje conseguimos preservar, a "amizade da guerra".
Quando me fala do Poço, gostaria que me dissesse onde ele estava, para me facilitar a localização. Acredite que não lembro onde ele estava, mas prometo que vou indagar.
Quando cheguei a Quicabo, havia uma Mercedes com uma cisterna, fazia diáriamente sob escolta duas viagens ao Rio Lifune, uma de manhã outra de tarde, despejava a àgua num tanque em frente à Enfermaria, para ser distribuido pelos balneários.
Gostaria de relembrar a Fazenda do Santana, das boas e sumarentas Laranjas e das Mangas.
Quando fui para Quicabo, o alfalto estava até ao 1º Pontão por onde passava o Rio Lifune, depois desbravou-se a Mata para os lados com ampla visão, foram dois anos a construir estrada, que, quando viemos embora já tinha passado a Beira Baixa.
Cheguei a passar pela as Sete Curvas, uma zona terrível para emboscadas, com o rompimento da estrada anulou-se as Sete Curvas, em que, ficou a fazer-se por trás, aparentemente mais seguro e acabámos por ter-mos uma emboscada com zona de morte de fogo cruzado, com os fechos de entrada e saida, ainda com o grupo de assalto, que eram os que utilizavam a catana, no ultimo dia de Quicábo a 14 de Março de 1973, ficando 4. Agora imagine, que durante a comissão não tivemos assim grandes problemas, pois eles atacaram-nos com "roketes", e capturaram-nos um camarada e levaram para o Congo, andou oito noites para passar a fronteira, foi impressionante!...
Foi libertado após o 25 de Abril pela Cruz Vermelha, era C.A.R.
Vou enviar três fotos de Quicábo para ver se recorda de alguns cenários.
No mural, onde estou sentado, consta dos que tombaram, tem lá o nome de um filho de Sezabo, que foi teinador do F.C.Porto, era Hungaro. Conheci por coincidência uma irmâ, quando me contou que um irmão dela tinha morrido em combate em Angola. Perguntei a onde, e me diz que foi em Quicábo. Logo fiquei arrepiado!...
Creio que foi abatido na Birila, já me passava esta. Era um trajecto de capim muito denso.
Mais relatos farei sobre o que ficou na memória e para história.
Pois aqui já notas muito valiosas.
Um forte abraço.
anicetopires